Internet das Coisas: Lucros trilionários à vista

Placa de circuitos conectada com cabo

 A União Internacional de Telecomunicações (UIT) destacou que os países emergentes podem superar diversos desafios de desenvolvimento caso explorem a tecnologia conhecida como ‘internet das coisas’. Em 2015, mais de um bilhão de equipamentos automatizados foram encomendados. Segundo previsões da agência da ONU, esse ramo das tecnologias de comunicação e informação (TICs) deve gerar lucros de cerca de 1,7 trilhão de dólares, até 2019.

Em relatório elaborado com a empresa multinacional Cisco Systems, a agência das Nações Unidas identificou as razões pelas quais a ‘internet das coisas’ (ou IoT, na sigla em inglês) conserva um enorme potencial para o cumprimento da Agenda 2030 em economias em desenvolvimento.

O conceito de IoT diz respeito a um número crescente de aparelhos, desde computadores e smartphones até sensores e chips simples, que estão conectados à internet e são capazes de se comunicar com outros equipamentos, frequentemente sem a necessidade de uma intervenção humana. Essa conectividade já é extensivamente utilizada em sistemas de armazenamento, na gestão de frotas, no monitoramento ambiental e em muitos processos industriais. Até 2020, estima-se que 20 bilhões de aparelhos estarão conectados em alguma forma de rede.

Para a UIT, nações em desenvolvimento podem explorar a ‘internet das coisas’ na prestação de serviços básicos de saúde e educação, bem como em outras áreas, para melhorar a qualidade de vida das populações. Em sua pesquisa, a agência mostra como os aparelhos equipados com essa tecnologia já são comuns, baratos e facilmente substituíveis em mercados emergentes. Esses países também contam com a infraestrutura básica necessária para o funcionamento da IoT, como conexão com a internet.

A agência da ONU calcula que a conectividade móvel alcança quase todas as pessoas residentes em países em desenvolvimento. A cobertura 2G já atingiu o índice de 95% e níveis cada vez maiores têm sido registrado para a conexão 3G, cuja penetração é estimada em 89% para moradores de áreas urbanas. A UIT ressaltou ainda que a ‘internet das coisas’ não necessita de uma estrutura tão complexa como a existente em nações desenvolvidas para funcionar em economias emergentes.

De fato, aparelhos dotados da IoT já têm sido usados nesses países, mesmo em áreas remotas e pouco habitáveis, contribuindo para operações em zonas externas, onde as condições climáticas são instáveis. A agência da ONU destacou também a facilidade de instalação e manutenção dos equipamentos, bem como sua adaptabilidade a contextos em que o fornecimento de energia elétrica está comprometido. Segundo a UIT, muitos desses aparelhos funcionam com fontes alternativas de energia, como a solar.

A Internet das Coisas (do inglês, Internet of Things) é uma revolução tecnológica a fim de conectar dispositivos eletrônicos utilizados no dia-a-dia (como aparelhos eletrodomésticos, eletroportáteis, máquinas industriais, meios de transporte, etc) à Internet, cujo desenvolvimento depende da inovação técnica dinâmica em campos tão importantes como os sensores wireless, a inteligência artificial e a nanotecnologia.

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